Sem acordo com o Governo do Estado, os médicos de Rondônia sinalizaram entrar em greve a partir desta terça-feira (03/09), conforme anunciou o Sindicato dos Médicos de Rondônia (Simero). A paralisação foi aprovada em assembleia após sucessivas tentativas frustradas de negociação com o Executivo estadual.
Segundo o presidente do Simero, Dr. Luiz Maiorquin, o Governo deixou claro que não apresentará novas propostas para a área da saúde e ainda indicou que, a partir de 2026, os investimentos no setor poderão ser reduzidos. “Diante do exposto, não houve mais como conter a decisão da categoria”, declarou o dirigente sindical.
A greve representa o auge da insatisfação generalizada dos profissionais da saúde, que há meses reivindicam melhores condições de trabalho, valorização e reajuste salarial. Em nota oficial, o Simero afirmou que a paralisação é “a única alternativa para pressionar o Governo a reconhecer a importância dos profissionais e a necessidade urgente de investimentos na saúde pública”.
Nos bastidores, o Governo de Rondônia tem defendido um novo modelo para o setor, incluindo planos de privatização e a construção do novo Hospital de Urgência e Emergência, o que, segundo fontes, pode ter travado o avanço nas negociações salariais. Ainda assim, os médicos argumentam que a falta de propostas concretas para a valorização da categoria torna insustentável a continuidade do trabalho nas atuais condições.
Recentemente o Governo conseguiu evitar uma paralisação na Educação ao atender parte das reivindicações dos professores, desta vez a crise se instala na saúde, um dos setores mais sensíveis e essenciais à população.
Fonte: jornaldamazonia.com
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