A equipe médica responsável pelo ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou, neste domingo (23), um novo boletim após realizar uma visita à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ele permanece detido. O relatório, assinado pelo cirurgião-geral Claudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique, apresenta detalhes sobre o estado de saúde do ex-presidente.
Segundo o boletim, Bolsonaro estava clinicamente estável no momento da avaliação e passou a última noite sem intercorrências. No entanto, os médicos relataram que, na noite de sexta-feira (21), o ex-presidente apresentou confusão mental e alucinações. A equipe suspeita que o quadro tenha sido provocado pelo uso do medicamento Pregabalina, receitado por outra profissional de saúde com o objetivo de otimizar o tratamento, mas administrado sem o conhecimento ou autorização dos médicos que o acompanham atualmente.
A Pregabalina, segundo o relatório, possui interação importante com dois medicamentos que Bolsonaro utiliza regularmente para crises de soluço — Clorpromazina e Gabapentina — e tem efeitos colaterais conhecidos que incluem alterações do estado mental, como confusão, desorientação, sedação, transtornos cognitivos, distúrbios de equilíbrio e alucinações. Diante disso, o remédio foi imediatamente suspenso, e não foram observados sintomas residuais no momento da redação do boletim.
A equipe informou que realizou os ajustes necessários no esquema medicamentoso, retomando a orientação anterior. As avaliações periódicas e o acompanhamento clínico continuarão sendo feitos.
O boletim também reforça que Bolsonaro é portador de múltiplas comorbidades e faz uso de diversos medicamentos em razão de internações e cirurgias realizadas desde 2018. O ex-presidente apresentou recentemente um quadro de pneumonia por broncoaspiração e segue com soluços refratários.
Foto: poder360.com.br







