Dados inéditos do Censo 2022 revelam que cerca de 11,8 milhões de pessoas vivem em áreas de conservação ambiental no Brasil — o equivalente a 5,82% da população. O levantamento, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (11), identificou 2.365 unidades de conservação, sendo que quase metade (48%) são habitadas.
As unidades são divididas entre proteção integral (861) e uso sustentável (1.504), e mais de 98% dos moradores estão nas áreas de uso sustentável. A maior parte vive em áreas urbanas (78,71%), sob administração estadual (66,47%), seguida pela federal (20,81%) e municipal (10,94%).
Perfil e condições de vida
A maioria dos moradores se declara parda (51,12%), seguidos por brancos (35,82%) e pretos (11,92%). Há ainda 282,2 mil quilombolas (21,22% da população quilombola do país) e 132,8 mil indígenas (7,84% da população indígena) vivendo nessas regiões.
A pesquisa aponta também piores condições de infraestrutura. Mais de 40% dos domicílios apresentam alguma precariedade em abastecimento de água, esgoto ou coleta de lixo — índice bem acima da média nacional (27,28%). Em 7,31% dos lares, os três serviços são simultaneamente deficientes, mais que o dobro da média nacional (3%).
Esses dados revelam a importância de políticas públicas específicas para populações que vivem em áreas ambientais protegidas, onde o acesso a serviços básicos ainda é limitado.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
Imagem: Lactec
