Apesar da redução de 5,4% nas mortes violentas intencionais no Brasil em 2024, os casos de feminicídio cresceram 19%, atingindo um novo recorde histórico. Foram 1.492 mulheres assassinadas por sua condição de gênero, segundo o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24).
A maioria das vítimas era negra (63,6%), com idade entre 18 e 44 anos (70,5%), e foi morta dentro de casa (64,3%), principalmente por companheiros ou ex-companheiros (80%). Quase todos os crimes foram cometidos por homens (97%). Em cerca de 9% dos casos, o agressor cometeu suicídio após o crime.
As tentativas de feminicídio também aumentaram significativamente, chegando a 3.870 registros, alta de 19%. Outros tipos de violência contra mulheres também cresceram, como stalking (+18,2%) e violência psicológica (+6,3%).
Esses números reforçam a persistência da violência de gênero no país, mesmo com a redução geral de homicídios. O relatório aponta a necessidade urgente de políticas públicas mais efetivas para proteger mulheres, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social e racial.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
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