IBGE: 99,8% dos domicílios brasileiros têm acesso à energia elétrica

Norte, esse índice cai para 99,4%, sendo o menor índice entre as regiões

Dados da PNAD Contínua 2024, divulgados nesta sexta (22), mostram que quase todas as moradias do país têm energia elétrica. A cobertura é de 99,8%, seja por rede geral ou fontes alternativas, sendo maior nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (99,9%) e menor no Norte (99,4%). No meio rural, 99,2% têm energia, mas apenas 97,4% pela rede geral — no Norte, esse índice cai para 85,2%, o que reforça a importância de fontes alternativas.

A coleta de lixo atinge 93,1% dos domicílios, com avanço da coleta direta (86,9%) desde 2016. Nas áreas rurais, a cobertura é muito menor (33,1%), e a queima de lixo ainda ocorre em mais da metade das propriedades (50,5%).

O esgotamento sanitário ainda é um desafio: apenas 9,4% dos domicílios rurais estão ligados à rede geral ou a fossas conectadas a ela, frente a 78,1% nas áreas urbanas. Em 14,4% dos lares brasileiros, o esgoto ainda é lançado em valas, rios ou fossas rudimentares — no Norte, essa prática chega a 36,4%.

Quanto à água, 86,3% dos domicílios contam com abastecimento por rede geral, sendo apenas 31,7% nas áreas rurais. Em contraste, 93,4% dos lares urbanos usam essa fonte. Poços e nascentes ainda são comuns no meio rural.

A pesquisa mostra também que 89,3% dos domicílios têm paredes de alvenaria ou taipa revestida, 82,3% têm piso de cerâmica ou pedra, e 49,3% possuem telha sem laje de concreto. O número de moradias alugadas cresceu 45,4% desde 2016, chegando a 17,8 milhões, enquanto o total de domicílios próprios já pagos caiu para 61,6%.

A posse de veículos mostra contrastes regionais: no Norte e no Nordeste, motocicletas são mais comuns que carros. No Sul, 69% das moradias têm automóvel.

Na posse de bens, 98,3% dos lares têm geladeira, e 70,4%, máquina de lavar. O Nordeste e o Norte têm os menores índices para o segundo item.

A população brasileira envelhece: a parcela com menos de 30 anos caiu de 49,9% (2012) para 41,9% (2024), enquanto a de 65 anos ou mais chegou a 11,2%. Mulheres são maioria na população (51,2%) e predominam entre os idosos.

Sobre cor e raça, caiu o percentual de brancos (de 46,4% para 42,1%) e aumentou o de pretos (de 7,4% para 10,7%) entre 2012 e 2024.

As famílias estão menores: cresceu a proporção de domicílios com apenas um morador, passando de 12,2% (2012) para 18,6% (2024). Esse perfil é mais comum no Sudeste e Centro-Oeste e entre pessoas acima dos 60 anos, principalmente mulheres.

Fonte: Com informações da Agência Gov

Foto: Rovena Rosa

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