Alerta: pesquisador alerta que crise climática já começou

Planeta Terra pode sofrer extinção em massa, semelhante à do Período Permiano

A Terra pode sofrer uma extinção em massa, semelhante à do Período Permiano (entre 299 e 251 milhões de anos atrás), quando cerca de 90% das espécies não conseguiram sobreviver às condições drásticas, se a humanidade não conseguir reverter os efeitos das mudanças climáticas.

O alerta é do pesquisador Hugh Montgomery, diretor do Centro de Saúde e Desempenho Humano da University College London, na Inglaterra, e um dos autores do relatório de 2024 sobre saúde e mudanças climáticas da publicação científica The Lancet.

O estudioso foi apresentado durante o Forecasting Healthy Futures Global Summit, evento internacional sobre saúde e clima, que aconteceu na primeira quinzena de abril, no Rio de Janeiro.

Segundo Hugh Montgomery “essa extinção já vem ocorrendo sendo a maior e mais rápida que o planeta já viu. A morte de espécies pode chegar a níveis catastróficos se o aumento da temperatura média global chegar a 3 graus Celsius (ºC) acima dos níveis pré-industriais”. Em 2024, foi registrado um aumento recorde de 1,5º C, e cientistas estimam que se as ações atuais foram mantidas, especialmente no que se refere a emissão de gases do efeito estufa, esse aumento deve chegar a 2,7 °C até 2100.

“Se continuarmos golpeando a base dessa coluna instável sobre a qual estamos apoiados, a própria espécie humana estará ameaçada, alertou o cientista.

De acordo com ele, outras consequências drásticas poderão afetar a Terra bem antes disso, entre elas, o aumento da temperatura, mesmo que temporariamente, entre 1,7 °C e 2,3 °C, que provocará um colapso abrupto das camadas de gelo do Ártico, da qual depende o nosso clima; e a emissão de metano, gás com potencial danoso 83 vezes maior do que o dióxido de carbono, liberado principalmente durante a exploração de gás natural.

O especialista inglês destacou que ações imediatas de despoluição são essenciais para a própria economia mundial, que no seu entendimento, deve reduzir em 20% ao ano, a partir de 2049, por causa dos efeitos das mudanças climáticas.

“É importante pensar em medidas de adaptação a mudanças no clima, porque elas já estão afetando a saúde da população hoje, “mas isso não pode ser feito em detrimento de uma redução drástica e imediata nas emissões, porque não faz sentido focar apenas no alívio dos sintomas quando deveríamos estar buscando a cura”, ressaltou Hugh Montegomery.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Prev
MEC avalia cursos de medicina e apenas 6 alcançam nota máxima

MEC avalia cursos de medicina e apenas 6 alcançam nota máxima

O curso de medicina da Universidade Federal de Rondônia garantiu nota 4

Next
Projeto do Governo propondo isenção de taxa de energia

Projeto do Governo propondo isenção de taxa de energia

Famílias que consumem até 80 kWh por mês serão beneficiadas

You May Also Like