Em Humaitá, a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) iniciou, na terça-feira (16), atendimento a pessoas afetadas pela operação da Polícia Federal contra o garimpo ilegal, que usou explosivos para destruir balsas, causando pânico, suspensão de aulas e fechamento de portos. Imagens divulgadas mostram correria e voo rasante de helicóptero.
A DPE-AM protocolou pedido no STJ para suspender temporariamente o uso de explosivos, apontando risco de “grave crise humanitária” e solicitando alternativas de diálogo entre União, Estado, municípios e trabalhadores. A Defensoria afirma que mais de 1.500 bombas já foram lançadas, impactando diretamente comunidades ribeirinhas e pequenos garimpos artesanais, sem atingir os grandes responsáveis pelo extrativismo ilegal.
Visitas in loco revelaram que as explosões causam mortandade de animais, contaminação da água por diesel e deslocamento de famílias inteiras, incluindo crianças, idosos e gestantes. Muitas balsas destruídas serviam de moradia, e a ação sem ordem judicial é considerada violação do devido processo legal e da ampla defesa.
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