A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foragida há dois meses, foi presa na terça-feira (29) em Roma, onde tentava escapar de um mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ela tem dupla cidadania e deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.
Segundo as investigações, Zambelli foi a mandante da invasão, executada por Walter Delgatti, que confirmou ter agido sob ordens dela. O STF também determinou o pagamento de R$ 2 milhões em danos coletivos.
O Brasil já solicitou oficialmente a extradição da parlamentar, mas a decisão final cabe à Justiça italiana. O processo pode ser demorado e não tem prazo definido.
Moraes garantiu que, se extraditada, Zambelli não será submetida a prisão perpétua, maus-tratos ou punição por motivos políticos.
A deputada está licenciada da Câmara por 127 dias. Se não retornar ao fim do prazo, poderá ter o mandato cassado.
A defesa afirma que Zambelli se entregou voluntariamente. Já a Polícia Federal e autoridades italianas dizem que a prisão foi resultado de cooperação internacional. O deputado italiano Angelo Bonelli afirmou ter informado à polícia o local onde ela estava.
O caso lembra o do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, extraditado da Itália em 2015 após condenação no mensalão.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
Foto: Lula Marques
