Europeus sofrem com calor recorde que já matou 16,5 mil

Um estudo do London School of Hygiene e Tropical Medicine, publicado nesta quarta-feira (17), fez uma estimativa que cerca de 16.500 pessoas morreram durante esse verão, em 854 cidade da Europa, vítimas do calor extremo, agravado pelas mudanças climáticas. Ao todo, já são contabilizadas 24.400 mortes oriundas do aumento da temperatura.

De acordo com a pesquisa, houve um crescimento de 68% no número de mortes relacionadas ao aumento da temperatura pelas mudanças climáticas.

Essa foi a primeira estimativa de grande escala dos impactos do calor elevado na Europa. Segundo os cientistas, esse verão foi o mais quente da história de de diversos países, incluindo Portugal, Espanha e Reino Unido.

Estudo da mudança climática na Europa

A coleta de dados ocorreu entre 1º de junho e 31 de agosto, e os resultados do estudo representam aproximadamente 30% da população europeia.

Foi estudada a influência das alterações climáticas nas temperaturas diárias em 854 cidades e descobriram que elas estavam, em média, 2,2 graus Celsius acima do normal devido à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento.

Dentre os países afetados, a Itália foi um dos que registrou mais óbitos decorrentes do calor. Ao todo foram 4.597 mortes, seguindo-se a Espanha (2.841), Alemanha (1.477), França (1.444) e o Reino Unido (1.147). Entre as capitais, as mais atingidas foram Roma (835), Atenas (630) e Paris (409).

De acordo com investigação, idosos com mais de 65 anos estão entre os mais afetados, representando 85% das mortes.

Os pesquisadores pedem o reforço das políticas de proteção contra o calor. A medida mais eficaz para conter a mortalidade é acelerar a transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, de acordo com o estudo.

“A cadeia que vai desde a queima de petróleo, gás e carvão até o aumento das temperaturas e à mortalidade é inegável”, segundo Friederike Otto, professora de Ciência Climática no Imperial College London.

Segundo ela, o risco aumentará ainda mais caso a transição energética não for acelerada.

Fonte: iclnoticias.com.br

Foto: Foto: Reprodução

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