O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta segunda-feira (16), em São Paulo, a redução do preço do gás natural como fator essencial para a reindustrialização do Brasil. Segundo ele, é preciso equilibrar o papel empresarial da Petrobras com as demandas sociais e estratégicas do país.
“O Brasil precisa garantir segurança jurídica, respeito aos contratos e previsibilidade. A Petrobras, apesar de sua natureza jurídica, tem um papel social relevante, especialmente em áreas onde atua como monopólio, como no escoamento do gás natural. É necessário compatibilizar sua atuação empresarial com os interesses nacionais. Isso não é intervenção — a valorização das ações da empresa durante o governo Lula é a maior prova disso”, afirmou o ministro.
As declarações foram feitas durante o seminário “Gás para Empregar: Construindo uma Estrutura Justa e Sustentável de Preços”, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Durante o evento, Silveira também defendeu mudanças na atuação da Petrobras no mercado de gás natural. Ele criticou o elevado índice de reinjeção do insumo — prática em que o gás extraído é devolvido aos poços — e pediu que a estatal contribua para ampliar a oferta do combustível à indústria brasileira.
“Precisamos que a estrutura corporativa da Petrobras contribua com o país. A companhia deve criar condições para reduzir a reinjeção do gás, ampliando sua disponibilidade para o setor industrial”, destacou.
O ministro acrescentou que um passo importante nessa direção será a participação da Petrobras, em parceria com a PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A), no primeiro leilão de gás natural da União. A previsão do governo é que esse leilão ocorra até o primeiro semestre de 2026.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
Foto: Ed Machado
