Os incêndios florestais que devastaram mais de 30 milhões de hectares no Brasil em 2024 foram, em grande parte, provocados por atividades criminosas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autuou 242 pessoas envolvidas nesses incêndios, aplicando multas e outras medidas administrativas que somam mais de R$ 460 milhões.
Em coletiva de imprensa, Jair Schmitt, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, afirmou que, além das autuações, o instituto está monitorando áreas de maior risco e notificando proprietários para prevenir novos focos de incêndio. “Estamos identificando as regiões mais vulneráveis e orientando os proprietários para que tomem medidas preventivas”, disse.
Seca extrema e aumento de queimadas
Em 2024, o número de queimadas foi 79% maior em relação ao ano anterior, afetando uma área equivalente ao tamanho da Itália, segundo o MapBiomas. A seca extrema, especialmente na Região Norte, agravou a situação, como explica André Lima, secretário do Ministério do Meio Ambiente: “O El Niño, com o aquecimento do Atlântico Norte, contribuiu para tornar a Amazônia ainda mais vulnerável aos incêndios.”
Tendência de redução em 2025
Nos primeiros meses de 2025, os focos de calor na Amazônia apresentaram uma redução de até 70%, enquanto no Pantanal a queda foi superior a 90%. No entanto, em abril deste ano, o governo observou um aumento no desmatamento no Cerrado e na Amazônia, o que acendeu um alerta sobre a necessidade de ações mais eficazes para conter a perda de biodiversidade.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil
