Instituições religiosas e prefeitos repudiam operação da Polícia Federal no rio Madeira

Todos condenam os atos de violência ocorridos durante a operação

A Diocese de Humaitá (AM) e as paróquias Nossa Senhora das Dores e Maria Auxiliadora dos Cristão, do município de Manicoré publicaram Nota de Repúdio de Solidariedade, manifestando sua profunda indignação diante dos atos de violência ocorridos na data de 15 de setembro de 2025, nas duas cidades.

LEI A ÍNTEGRA DA NOTA

O prefeito de Manicoré (AM), Lúcio Flávio e Humaitá (AM) Dedei Lobo, também se posicionaram contrário a operação da PF.

Segundo os gestores, a ação tem provocado terror nas cidades, deixado famílias desabrigadas e aumentado o número de atendimentos nos hospitais municipais.

“Eles estouram bombas como se fosse uma guerra na Ucrânia. Agora dentro da cidade tem helicóptero dando rasante, bala de borracha nas pessoas, o clima mais feio do mundo, um clima de guerra. Isso já virou recorrente, mas agora foi pior, atacaram a cidade mesmo, o meio ambiente ‘combatendo’ o município de Humaitá”, afirmou o prefeito humaitaense.

“É inaceitável. Mais de 20 mil litros de óleo derramando no rio, todo tipo de combustível, na frente da cidade. Na cidade, é proibido soltar fogos por conta das crianças altistas e eles vêm e explodem as balsas, fazendo um barulho absurdo”, ressaltou o prefeito de Humaitá.

Lúcio Flávio, prefeito de Manicoré, também repudiou a ação e classificou como “ilegal” a queima de balsas utilizadas por “extrativistas minerais familiares” ancoradas no Porto da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores.

“Essa operação colocou em risco a segurança da população local. As explosões decorrentes da queima das balsas criaram um sério risco de desbarrancamento, ameaçando a integridade física de quem reside nas proximidades do porto da Matriz”, criticou, em nota o chefe do executivo.

A operação ocorreu no dia em que o município de Manicoré celebrava a festa da padroeira, Nossa Senhora das Dores.

jornaldamazonia.com

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