O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (19) que o Senado deve analisar o PL Antifacção com “diálogo e responsabilidade”. Em rede social, ele criticou as alterações feitas pela Câmara no texto original do governo, dizendo que as mudanças enfraquecem o combate ao crime organizado e criam insegurança jurídica.
“Precisamos de leis firmes e seguras. O projeto aprovado ontem alterou pontos centrais do PL que apresentamos. Do jeito que está, enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica”, escreveu Lula. Ele reforçou que o governo segue comprometido com o fortalecimento da Polícia Federal, maior integração das forças de segurança e avanço na inteligência contra facções.
Na terça-feira (18), a Câmara aprovou por 370 a 110 votos o PL 5582/2025. O relator Guilherme Derrite (PP-SP) apresentou diversas versões até o texto final, que endurece penas, amplia apreensão de bens e inclui a categoria de “organização criminosa ultraviolenta”, criticada por potenciais riscos jurídicos.
A declaração de Lula motivou reação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que acusou o governo de divulgar “inverdades” e afirmou que o Executivo escolheu “o caminho errado” ao não negociar o conteúdo. Motta defendeu que o texto aprovado representa “a resposta mais dura” da Casa ao crime organizado e pediu união contra a violência.
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