A Polícia Federal (PF) investigou uma tentativa de fraude contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a tentativa de transferir sua aposentadoria para a conta de um morador do Pará. A operação foi bloqueada pelo INSS, evitando qualquer prejuízo ao chefe do Executivo, segundo o jornal O Globo.
O caso chegou à PF em março de 2023, quando a autarquia comunicou a movimentação suspeita. Documentos da CPI do INSS mostram que a Justiça arquivou a investigação após parecer do Ministério Público Federal (MPF), que não conseguiu comprovar a autoria do golpe.
Como ocorreu a tentativa de fraude
O INSS alertou a PF depois de receber um pedido de portabilidade do benefício de Lula. O relatório indica que o perfil do presidente na plataforma Meu INSS chegou a ser acessado remotamente, gerando alerta de segurança interno.
A fraude tinha como objetivo transferir a aposentadoria de R$ 12,5 mil, recebida por Lula como anistiado político, de uma conta em São Bernardo do Campo (SP) para uma conta em nome de Francisco Cardoso, residente no Pará.
Depoimento do morador do Pará
Cardoso, deficiente visual e também beneficiário do INSS, prestou depoimento por videoconferência à PF e negou envolvimento. “Como sou deficiente visual, tenho benefício do INSS. Para que eu ia fazer uma coisa dessas?”, afirmou. Segundo ele, um fraudador teria aberto uma conta em seu nome para tentar a portabilidade, sem seu conhecimento.
Arquivamento da investigação
A apuração enfrentou dificuldades para identificar o autor da fraude, realizada de forma eletrônica, sem rastreio de dados como endereço IP.
O MPF destacou que “não houve prejuízo material à União ou à vítima, já que a transferência foi bloqueada pelo INSS”. Diante da ausência de provas e da possibilidade de Cardoso também ter sido vítima, a Justiça determinou o encerramento do caso.
jornaldamazonia.com / Com informações do brasil247.com
