Moradias em áreas protegidas da Amazônia sofrem maior precariedade, aponta IBGE

Estudo analisou unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas

As áreas protegidas da Amazônia Legal apresentam as piores condições de moradia do país, segundo levantamento do IBGE divulgado nesta quarta-feira (12), durante a COP30, em Belém (PA).

Nas unidades de conservação ambiental da região, 75% dos moradores vivem em lares com algum tipo de precariedade — falta de água potável, esgoto adequado ou coleta de lixo — quase o triplo da média nacional (27%).

O estudo analisou 1.053 áreas protegidas: 430 unidades de conservação, 378 terras indígenas e 245 territórios quilombolas, que juntas ocupam quase metade da Amazônia Legal.

Entre os povos indígenas, a situação é ainda mais grave: 98% dos moradores enfrentam precariedades e 75% vivem sem acesso adequado aos três serviços básicos. Já nos territórios quilombolas, 96,9% das famílias têm ao menos uma carência de infraestrutura.

A taxa de alfabetização também é inferior à média nacional: 87% nas unidades de conservação, 77% nas terras indígenas e 82% nos quilombos da Amazônia.

De acordo com a analista do IBGE Marta de Oliveira Antunes, a combinação de isolamento geográfico e falta de investimento específico agrava as condições. “Ainda não existe um investimento adaptado à realidade rural e remota dessas populações”, afirmou.

Fonte: jornaldamazonia.com

Foto: Ricardo Stuckert

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