A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar o uso do lenacapavir injetável duas vezes por ano como nova opção de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP). Estudos de 2024 indicam eficácia de até 100% na prevenção da infecção, especialmente entre mulheres cisgênero.
O medicamento, desenvolvido pela Gilead Sciences e conhecido comercialmente como Sunlenca, é visto como uma alternativa de longa duração aos comprimidos diários atualmente disponíveis. Um dos estudos, realizado com mais de 2 mil mulheres na África, demonstrou zero infecções entre aquelas que usaram o remédio.
A droga também foi aprovada pela FDA nos Estados Unidos, mas ainda não possui registro na Anvisa. A Gilead informou que a submissão do medicamento no Brasil está em fase de planejamento.
O Unaids e a OMS destacam que, para alcançar a meta de acabar com a Aids como ameaça à saúde pública até 2030, é essencial garantir acesso global e equitativo ao lenacapavir, cujo custo anual gira em torno de US$ 40 mil por pessoa.
Outros estudos estão em andamento em países como Brasil, México e África do Sul, avaliando a eficácia do medicamento em populações diversas, incluindo homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e usuários de drogas injetáveis.
Além do lenacapavir, a OMS também passou a recomendar testes rápidos de HIV, com objetivo de facilitar o diagnóstico e reduzir a complexidade dos processos atuais.
Fonte: Com informações do G1
Imagem: Prefeitura de Juiz de Fora/MG
