Entre os dias 15 e 19 de setembro de 2025, a Polícia Federal deflagrou a Operação Leviatã em Rondônia, com foco no combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira. Durante os cinco dias de ação, 138 embarcações utilizadas para a extração clandestina de ouro foram destruídas, gerando um prejuízo estimado em mais de R$ 30 milhões aos garimpeiros.
A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais da PF e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, IBAMA e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (SEDAM/RO). Servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também participaram, fiscalizando condições de trabalho precárias nas balsas e garantindo os direitos dos trabalhadores.
A Operação Leviatã foi realizada em conjunto com a Operação Boiúna, coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), abrangendo ainda municípios do Amazonas, como Humaitá e Manicoré. Somando as ações nos dois estados, mais de 270 embarcações foram inutilizadas, impactando significativamente a atividade na região.
A ação também combateu a exploração de mão de obra em condições análogas à escravidão, resgatando trabalhadores submetidos a jornadas exaustivas e ambientes insalubres. O MPT e o MTE atuaram para responsabilizar empregadores e garantir os direitos dos trabalhadores.
Para a PF, a Operação Leviatã representa um esforço coordenado de fiscalização, proteção ambiental e garantia de direitos humanos na Amazônia. As autoridades reforçam que ações como essa são essenciais para enfrentar o garimpo ilegal, proteger a biodiversidade e os recursos hídricos da região.
