A Polícia Federal apreendeu R$ 9,5 bilhões em dinheiro e bens ligados ao crime organizado ao longo de 2025, valor superior aos R$ 6,1 bilhões registrados em 2024. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15) pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e consideram o período de janeiro a novembro de cada ano.
De acordo com Rodrigues, os recursos efetivamente retirados das organizações criminosas foram apreendidos em diferentes formatos, incluindo dinheiro em espécie, imóveis, embarcações, aeronaves, criptomoedas e ouro. Parte dos valores também foi localizada em contas de investigados, embora, segundo ele, nesses casos o montante apreendido costume ser inferior ao total bloqueado por determinação judicial.
O diretor-geral falou com jornalistas durante encontro na sede da Polícia Federal, em Brasília, onde defendeu a estratégia de descapitalização das organizações criminosas. “Não é o preto pobre da favela da periferia. Precisamos enfrentar quem financia, quem tem recursos e comanda o crime organizado, pessoas que raramente colocaram os pés em uma favela”, afirmou.
Durante a conversa, Rodrigues também criticou a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que na semana passada liberou o deputado Rodrigo Bacellar (União), preso anteriormente pela PF sob suspeita de ter vazado informações sobre uma grande operação contra o crime organizado no estado.
Segundo o balanço apresentado, a PF realizou em 2025, até o momento, 3.310 operações homologadas, acima das 3.133 do ano anterior. Também foram cumpridos 2.413 mandados de prisão, número maior que os 2.184 registrados em 2024. Para Rodrigues, os dados indicam maior eficiência nas investigações.
O levantamento inclui ainda os resultados da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que em 2025 realizou 215 operações, efetuou 978 prisões e cumpriu 1.551 mandados de busca e apreensão. Nessas ações, o valor descapitalizado do crime organizado chegou a R$ 163,31 milhões.
Fonte: jornaldamazonia.com
Foto: Polícia Federal/Divulgação







