O Brasil alcançou, em 2024, os melhores indicadores de renda, pobreza e desigualdade desde o início da série histórica do Ipea, em 1995. Segundo o estudo, baseado em dados do IBGE, a renda domiciliar per capita cresceu 70% em três décadas, enquanto o índice de Gini caiu quase 18% e a extrema pobreza recuou de 25% para menos de 5%.
Após anos de crise entre 2014 e 2021, a recuperação ganhou força a partir de 2021, com aumento real de mais de 25% na renda média em três anos – o maior avanço desde o Plano Real. O mercado de trabalho e a ampliação das transferências de renda explicam quase metade da redução da extrema pobreza e da desigualdade no período.
Programas como Bolsa Família, BPC, Auxílio Brasil e Auxílio Emergencial tiveram forte impacto até 2022, mas seu efeito diminuiu em 2023 e 2024, enquanto o trabalho seguiu decisivo para os indicadores sociais. Em 2024, 4,8% da população vivia em extrema pobreza e 26,8% abaixo da linha de pobreza.
Para os autores do estudo, os avanços são significativos, mas dependem da continuidade de políticas de distribuição de renda e de um mercado de trabalho aquecido. O Ipea alerta que a tendência de melhora pode perder ritmo sem novas ações de apoio social.
Fonte: jornaldamazonia.com
Foto: Marcello Casal Jr







