A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) diligência em Humaitá e Manicoré para apurar denúncias de abusos durante operação da Polícia Federal contra o garimpo ilegal. A ação, realizada na última segunda (15), resultou na explosão e queima de balsas, o que, segundo o requerimento, expôs ribeirinhos a riscos e provocou danos ambientais no rio Madeira.
O pedido cita notas de repúdio da Diocese de Humaitá, da Prefeitura e Câmara de Manicoré, além de recurso da Defensoria Pública do Amazonas ao STJ para suspender o uso de explosivos, negado liminarmente.
A presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), criticou a condução da operação: “Faltou tato da PF. Pessoas poderiam ter saído machucadas, ainda mais durante uma festa religiosa.”
O Senado também vai cobrar do Ministério da Justiça informações sobre a cadeia de comando e resultados da ação.
Em nota, a Defensoria afirmou que explosões têm causado pânico, deslocamentos forçados e interrupção de aulas, alertando que o enfrentamento ao garimpo não pode transformar populações vulneráveis “em vítimas de uma guerra que não escolheram enfrentar”.
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