O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pretende se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Elogiou Lula, chamando-o de “homem muito agradável”, com quem teve “uma química excelente” durante breve encontro.
Trump discursou na Assembleia Geral da ONU logo após Lula, que tradicionalmente faz o discurso de abertura. O presidente norte-americano afirmou que as tarifas aplicadas contra o Brasil e outros países são uma defesa da soberania e segurança dos EUA contra aqueles que “tiraram vantagens por décadas” durante governos anteriores.
“Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. As pessoas não acreditaram nisso. Concordamos em nos encontrar na próxima semana. Foram cerca de 20 segundos de conversa”, disse Trump.
Química excelente
Trump acrescentou que Lula “parece ser um homem muito agradável”. “Eu gosto dele e ele gosta de mim. Gosto de fazer negócios com pessoas que gosto. Quando não gosto, não faço. Tivemos esses 30 segundos, foi rápido, mas uma química excelente. Isso foi um bom sinal.”
O presidente norte-americano afirmou que o Brasil tarifou os EUA “de forma muito injusta”, levando seu país a aplicar tarifas de 50% contra alguns produtos brasileiros. “Fiz isso porque, como presidente, defendo a soberania e os direitos de cidadãos americanos.”
Segundo Trump, o Brasil estaria “indo mal” ao cobrar “tarifas imensas e injustas” de produtos norte-americanos, além de interferir nos direitos e na liberdade de cidadãos com censura e uso do Judiciário como arma. Ele sugeriu que o Brasil poderá “se dar bem” se trabalhar junto aos EUA. “Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam.”
Desde julho, os EUA taxam produtos brasileiros e tentam interferir no Judiciário. O Brasil respondeu que os EUA tiveram superávit de mais de US$ 400 bilhões nos últimos 15 anos, sem justificar novas taxas.
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