Pesquisa da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) revela que 33,9% das vítimas de acidentes de motocicleta atendidas nos principais serviços de ortopedia do país ficam com sequelas permanentes. O levantamento ouviu 95 chefes e preceptores de residências médicas.
Em média, os serviços receberam 360 vítimas por mês nos últimos seis meses, sendo dois terços motociclistas. Mais da metade apresentou dor crônica, deformidades (69,5%), déficit motor (67,4%) ou amputações (35,8%).
O perfil das vítimas: homens (72,8%), jovens entre 20 e 29 anos (40,7%). Quase 30% haviam ingerido álcool e 47,1% dos sinistros foram colisões com automóveis.
A alta demanda impactou hospitais: cirurgias eletivas e até emergenciais precisaram ser adiadas. As lesões mais comuns atingem membros inferiores (51,4%), superiores e coluna (22,8% cada).
O estudo foi apresentado na Câmara dos Deputados durante o fórum da campanha “Na moto, na moral”, que busca reduzir a mortalidade de motociclistas. Autoridades defenderam mais segurança viária, mudanças na política de incentivo às motos, faixas exclusivas e proteção a trabalhadores de aplicativos.
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