A Amazônia perdeu 3,6% da superfície de água em relação à extensão média de água no bioma, dado apenas do ano passado. A seca extrema deixou a floresta por sete meses com os níveis de água abaixo da média histórica, de acordo com os dados do MapBiomas, divulgados na semana passada.
O bioma, que tem mais da metade da superfície de água do Brasil (61%), teve quase dois terços (63% das 47 sub-bacias) de suas bacias hidrográficas registraram perda de superfície de água.
A perda de superfície de água na Amazônia em 2024 foi de 4,5 milhões de hectares em relação a 2022, que foi o último ano de ganho de superfície no país. “Foram dois anos consecutivos de seca extremas na Amazônia, sendo que, em 2024, a seca chegou mais cedo e afetou bacias que não foram fortemente atingidas em 2023, com a do Tapajós”, afirma Carlos Souza Júnior, pesquisador do MapBiomas.
Brasil perdeu 2% da superfície de água
Na mesma tendência do ano anterior, apenas em 2024 o Brasil perdeu 2% da superfície de água. A análise mostra que o ano passado ficou 4% abaixo da média da série histórica, iniciada em 1985, e mostram que a última década teve oito dos 10 anos mais secos já analisados.
“A dinâmica de ocupação e uso da terra no Brasil, junto com eventos climáticos extremos, causada pelo aquecimento global, está deixando o Brasil mais seco”, explica Juliano Schirmbeck, coordenador técnico do MapBiomas Água.
Fonte: redação com informações do jornal O Estado de São Paulo
Imagem: diaadianoticia
